segunda-feira, 18 de junho de 2012

O IMPÉRIO E O EFÊNERO: O IMPÉRIO ULTRAMARINO PORTUGUÊS E A MODA. SÉCULO XVI. IGOR RENATO MACHADO DE LIMA

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Os mercadores florentinos, genoveses e venezianos intensificavam a comercialização da seda desde o século XII. No entanto, qual seria a razão de se encontrar tão poucas referências desse negócio nas cartas sobre as frotas mercantis lusitanas no Quinhentos como um todo? Possivelmente, as rotas da seda fixavam-se no Oriente, onde os lusitanos deixavam os têxteis e acumulavam jóias e especiarias para comercializar nos mercados do Velho Mundo.
Em 1501, Bartolomeu Marchioni, comerciante florentino, residente em Portugal, em carta a um destinatário desconhecido, maravilhava-se com a possibilidade de encontrar na Ilha da Taprobana, uma “grandíssima cidade, na qual há lojas de seda com 100 teares e onde se trabalha constantemente”.[1] Dessa maneira, a seda era um tecido desejado pelos comerciantes, pois com essa mercadoria conseguiriam adquirir lucros, dado o caráter raro e precioso do tecido comercializado principalmente nas Índias Orientais.
Ainda nos relatos, estavam presentes os modos de vestir das outras sociedades em contato com os portugueses. Em carta de D. Manuel aos reis católicos, o rei português afirmava que na cidade de Cochim, os mercadores mantinham 50 naus e que viviam como cristãos e sem nunca fazer as barbas ou os cabelos.[2]
No início do século XVI, o comércio português do Oriente crescia na acumulação de capital mercantil, havendo perspectivas de investimento no Novo Mundo. Na crônica de 1501 de Daniele Bárbaro, do centro da economia-mundo da República Veneziana afirmava que “Apesar de tudo [perda do monopólio do comércio oriental para os portugueses], os senadores se consolavam pelos ganhos e processos que faziam das outras coisas. Julgavam que era coisa muito rara em nossos tempos ter encontrado novas regiões e novos povos e quase um outro mundo que havia nascido para nós”[3]
Na primeira metade do Quinhentos, a expansão portuguesa no Celeste Império da dinastia Ming (1368-1644), era marcada por uma série de conflitos. Invadindo Malaca – uma província chinesa -  em 1511, os aventureiros portugueses, chefiados por Afonso de Albuquerque, descontentaram o domínio chinês. Essa região conquistada era província do Império do Meio.
Nesse primeiro momento de contato, os portugueses estabeleceram algumas relações esporádicas no campo diplomático. Ademais, os lusitanos eram acusados, por algumas autoridades orientais, de atos violentos, tais como o rapto de mulheres, crianças e o tráfico de escravos.[4]
 Após uma série de negociações, os lusos se estabeleceram e fundaram com a autoridade da corte de Pequim a Cidade do Santo Nome de Deus de Macau, em 1557.[5] Com esse território lusitano, ficava estabelecido o entreposto mercantil com o Japão através da rota entre Nagasaki e Macau. Neste circuito, os comerciantes lusitanos compravam seda e outros produtos do Celeste Império e trocavam pela prata japonesa. Para Boxer, o mercado português no Extremo Oriente era centrado nas cargas de tecidos desse têxtil para o Japão.[6]
No decênio de 1560, o agitado comércio Macau-Japão fixava-se na cidade de Nagasaki, com a presença dos membros da Companhia de Jesus. Dessa forma, estabeleceram-se como intermediários comerciais e o cargo de capitão-mor desse comércio era um dos mais “cobiçados’, chegando a ganhar 600 a 700 pardaus. Apesar das dificuldades encontradas pelos dois impérios (da dinastia Ming e os daimyo japoneses), esse extenso trato lustiano de seda e prata com o extremo Oriente auferia ganhos mercantis aos portugueses. [7] Assim, conforme Fernand Braudel,  “O comércio de longa distância não é tudo, mas é a passagem obrigatória para um plano superior de lucro”.[8]
No Oriente, de acordo com Boxer, o comércio têxtil dos portugueses era também realizado com as manufaturas algodoeiras indianas e com a costa Africana Oriental. Os lusitanos controlaram o sistema mercantil do Oriente, obtendo lucros com o negócio dos tecidos até por volta de 1639, comercializando as sedas chinesas para as Filipinas, México e Peru, em troca da prata do Novo Mundo. Mas a disputa comercial com os holandeses, ingleses e mesmo espanhóis, bem como o fechamento do comércio com o Japão contribuíram para a crise dessa mercancia.[9]
Não eram apenas bens materiais que eram trocados, mas havia um corrente tráfico de corpos femininos nos mares do Oriente. Para Boxer, nos galeões participavam da tripulação mercadores lusitanos, capitães, homens de artilharias holandesas, marujos vendedores, escravos africanos, mui-tsais (cativas domésticas) coreanas, japonesas e chinesas. E, as cargas, como sedas, ouro e prata, eram vendidas entre Macau, Nagasaki e Goa Dourada e os bens mais preciosos eram os cavalos árabes, os tigres de Benguela e os pavões do Oriente.[10]
Dentre os relatos encontrados, sobre a população chinesa feminina, destaca-se a crônica do Frei Gaspar da Cruz, abade da Ordem de São Domingos, nascido em Évora, provavelmente na primeira metade do Quinhentos. Parte para o Oriente em 1548, como missionário, passando por Goa e Malaca (1550-1560). Voltando à Lisboa, faleceu em Setúbal no ano de 1570. Conhecedor do Oriente português, o religioso escrevia O tratado em que se encontram muito por extenso as coisas da China. Nesta obra, à respeito das mulheres chinesas, descrevia seus modos de vida. A imagem da mulher enclausurada, presas ao domínio dos maridos era recorrente. Como costume, deveria ter pés pequenos e apertados com tiras, bem como deveriam ser obedientes ao esposo. O frade descrevia o corpo das chinesas da camada lustrosa. Relatava o frei que as mulheres locais “(...) Trazem os cabelos muito bem pensados, recolhidos e atados no cume da cabeça e de baixo até acima apertados como uma fita larga e muito bem assentada. E a fita ordenada de jóias e peças de ouro em roda. Usam saias compridas ao modo das portuguesas, as quais têm a cintura da mesma maneira que elas”. [11]
Além das referências ao comércio, destaca-se a narrativa descritiva dos modos de vestir, sempre destacando a distinção entre os gêneros. Nesse sentido, as leituras das vestes femininas estavam relacionadas a determinados padrões da visão renascentista, sendo que as mulheres chinesas eram representadas como nobres ou matronas. Os desenhos das indumentárias retratados por Cesare Vecellio eram floridos e possuíam adereços diferenciados do estilo veneziano, ou mesmo português. Eram os detalhes que diferenciavam as vestes entre as chinesas. A matrona chinesa possui as mãos livres e delicadamente segura uma flor e esta com o seu olhar nela. A nobre estava com a mão esquerda escondida na roupa, e sua atenção está voltada para baixo, em sinal de respeito e de complacência.
As portuguesas eram vistas como mulheres reservadas, as quais se distanciavam do espaço público, não podendo ter contato com os homens. Ficavam fechados em seu gineceu para o mundo. Essa visão da mulher reclusa portuguesa condiz com as imagens narrativas descritas pelos escritores na América Lusitana. Desse modo, é possível perceber que essa está com o corpo ainda mais coberto do que as chinesas, o que demonstra o seu recato e o vendamento do seu corpo para os homens.  A lusitana era uma mulher com poucos adornos e ostentação, possuindo um chapéu, um leque e uma capa fechada, que escondia até mesmo seu rosto. Essas indumentárias apresentavam-se com poucos adereços decorativos. As mulheres portuguesas se fazem pouco atraentes e sem diversidade nos modos de se vestir. Portanto, as portuguesas, na perspectiva de Veccelio, tinham uma moda mais simples do que as próprias orientais.
O xilogravurista veneziano assumia a dificuldade de conseguir informações sobre os estilos de vestir das regiões geograficamente longínquas da Ásia, da África e do Novo Mundo e descrevia seu texto como de “entretenimento”.[12] Com relação à China, descreve-a como um dos principais reinos do mundo, sendo que as suas mulheres nobres casadas, lá possuíam “vestimentas em vários estilos”, destacando seus preciosos bordados – geralmente com rosas – , os pés pequenos – significados de beleza feminina. Ficava encantado com as pérolas, os perfumes e cosméticos das mulheres, estes últimos em excesso. Descrevia também a importância da descrição dos costumes relacionados ao casamento, dote e tratamento entre pais e filhos. Assim, os relatos dessas várias partes do mundo eram constuídos por meio das trocas de informações orais.[13]
No outro lado do hemisfério, a saída das mulheres portuguesas para as regiões longínquas do Oriente foram numericamente muito poucas. No entanto, parece que a presença feminina nas naus portuguesas não era de todo inexpressiva. Mesmo impedidas pela legislação de atravessar os mares sem a autorização régia, os mercadores e aventureiros dos mares acabavam sendo acompanhados por mulheres, que no início do Quinhentos partiam em maior numero em direção ao Pacífico do que à Terra de Santa Cruz. Essas imagens de riquezas e fortunas eram atrativos importantes para a emigração feminina.
            De todas as regiões asiáticas, Goa, segundo Boxer, ocupava o primeiro local de escolha de entrada de portuguesas. A presença feminina européia estava relacionada à União Ibérica (1580-1640), pois fazia parte da política da coroa espanhola enviar mulheres para os domínios coloniais, principalmente para acompanhar os maridos nos serviços administrativos. Isso era mais raro acontecer antes do século XVIII na Metrópole portuguesa.[14] Como exemplo de nobres portuguesas que acompanharam os esposos no governo das Índias, o autor aponta D. Maria de Noronha, mulher de D. Fernando de Mascarenhas e D. Maria Meneses, as quais eram da elite goense do Seiscentos.[15]
Entre as mulheres portuguesas que enfrentavam a travessia para as Índias, destacavam-se as órfãs e as degredadas, sendo estas últimas perseguidas pelas tramas da Santa Inquisição.  Sobre este assunto há a obra de Joel Coates Timoth, Exiles and orphans: forced and state-sponsored colonizers in the Portugese Empire, 1550-1720. Neste trabalho, o autor defende a idéia de que a Coroa, por um lado, forçava a colonização por meio da expulsão de prostitutas, ciganos, órfãos, degredados e criminosos da Metrópole, fazendo assim que a população indesejada fosse retirada do reino. Por outro lado, financiava a formação de casas de caridade como as Misericórdias para as mulheres reinóis, bem como a prática do dote, para auxiliá-las no casamento.  Entre 1588 e 1618, eram enviadas 18 órfãs para a casa. Outra instituição importante, era o Recolhimento de Santa Maria Madalena, onde as “mulheres desgraçadas” e de “vida suspeita” eram salvas.[16] Ainda uma terceira instituição de caridade, era o Convento de Santa Mônica, que recolhia majoritariamente as filhas mestiças de Goa e de outras regiões da Ásia lusitana como Macau.
            Apesar das inconstâncias na economia e política macauense, a população da cidade sempre cresceu vertiginosamente. Todavia, parece haver mais, pois, segundo os dados de Joan Coat, existiam 730 mulheres, entre européias e mestiças, sendo que 263 eram viúvas e 306 solteiras. Em inícios do século XIX, 2149 mulheres brancas moravam na região, em um total de 4628 habitantes. Também nesta cidade havia o Convento Santa Clara, acusado de aliciar casamentos aos “soldados“ portuguêses. Em 1687, era proibido entrar mais mulheres.[17]
            A partir destes dados, percebe-se que a presença das senhoras do reino foi mais constante do que as narrativas historiográficas apontam. Porém, é necessário destacar o papel das mui-tsai, moças chinesas indesejadas pelos pais e vendidas aos portugueses e euro-asiáticos, por um período de trabalho ou por toda a vida. Habitualmente, estas agregadas eram adotadas pelas viúvas ou viúvos, vivendo no mesmo domicílio.[18]
            Foi Boxer que apontou para a atuação destas moças. No testamento de 1614, do senhor Chistovão Soares, percebe-se uma série de doações às afilhadas. Dentre estas, destaca-se a de um dinheiro, ainda não conseguido da venda de seda para o Japão, à órfã Violante, que vivia em casa de Jorge Serqueira. Neste mesmo documento, a moça Madalena é encarregada de servir Maria Soares, senhora da elite macaense, por seis anos.[19]
            Outra estratificação social definida por Frei Gaspar, eram as “mulheres de partido”, as quais viviam fora dos muros das cidades, aprendendo a “tanger viola e outros instrumentos a cantar”. Segundo o clérigo, (...) Os senhores, ou lhes levam as honras ou lhas vendem; e quando hão-de ser postas nas ruas das mulheres de partido, são escritas por um oficial de el-rei em um livro e o senhor é obrigado a acudir cada ano com um tanto a este oficial; elas são obrigadas a responder a seu senhor cada mês um tanto. Quando são velhas, a poder de arrebique e alvaiade, as fazem parecer moças. E depois que já não são para aquele ofício, ficam livres de todo e sem nenhuma obrigação, nem ao senhor nem a ninguém e não comem então do que juntaram.[20]
A população feminina macaense era de maioria mestiça, pois a saída das mulheres portuguesas era rara, devido às intempéries das trajetórias marítimas e das condições existentes de Macau. Nos primeiros tempos de permanência lusitana, as piratarias e os conflitos armados eram constantes. Em 1622, tiveram que expulsar à bala a investida anglo-holandesa. Depois, em meados do século XVII, a cidade via-se às voltas com os confrontos internos do Celeste Império, com a mudança das dinastias Ming para Ching, que só se efetivava definitivamente em 1655.[21]
            A cidade foi sempre um importante porto marítimo para a Metrópole portuguesa, devido às rotas de comércio com Cantão, Malaca, o Japão (até 1639 quando os portugueses são expulsos) e todo o mar do sul da China. Para os chineses, Macau estabelecia um papel relevante, pois impedia o avanço da pirataria chinesa e japonesa e, ao mesmo tempo, era uma fonte de riqueza e lucro. Por fim, os mandarins e a corte celestial viam a cidade como um território controlado, impedindo, assim, que estrangeiros interviessem agressivamente no Império Celestial.
            Nessa perspectiva, os senhores da elite macauense viviam a negociar com a governança da terra, bem como com os negócios de grosso trato. As suas mulheres, possivelmente, tinham que administrar a casa e comandar os trabalhos domésticos, pois os senhores viviam regularmente em movimento nas tramas mercantis do Império Metropolitano Ultramarino português, o qual tinha possessões do Oriente à América portuguesa no Atlântico.
            Desse modo, os escritores do império ultramarino português construíram imagens sobre as mulheres no Oriente, salientando diferenças e aproximações. Por um lado, as chinesas seriam ainda mais recatadas que as lusitanas, bem como teriam um requinte especial nas maneiras de se comportar. Por outro, faziam parte do séquito dos comerciantes e dos administradores locais como concubinas, prática essa que também foi muito comum entre as índias brasílicas.
As mulheres da elite e as indígenas brasílicas, portanto, tiveram as suas imagens descritas pelos cronistas coloniais no decorrer do Quinhentos. Diferentemente, de outras regiões do império ultramarino português, como Macau, na América portuguesa, as relações de gênero estavam profundamente relacionadas com as contingências da exploração da força de trabalho escrava indígena e a imagem dos gentios.
No extremo Oriente, não obstante, a presença cultural e das populações chinesas, fizeram de Macau uma feitoria mercantil e um ponto político estratégico para a coroa Portuguesa, sendo a população chinesa a sua grande maioria. Nesta região, não havia um Novo Mundo para ser produzido à imagem e semelhança do Velho.
Embora houvesse o costume de comercialização de mulheres, era no grosso trato das mulheres e crianças africanas da Guiné e de Angola, que os negociantes e a Metrópole realizavam a acumulação de capital mercantil, vendendo estes cativos para os senhores de Engenho da Bahia, Pernambuco e mesmo em regiões mais distantes como São Paulo Colonial. Segundo Novais, “no conjunto, a exploração no ultramar organizada nos quadros do Antigo Sistema Colonial, permite distinguir nitidamente três elementos básicos: área densamente povoada quando do início da expansão marítima européia, portadora de civilizações tradicionais, onde a dominação política permitia o comércio vantajoso de alguns produtos de alto valor unitário no mercado europeu como as famosas especiarias do mundo indiano; zonas de povoamento e colonização européia, onde se estruturaram economias complementares ao capitalismo mercantil europeu, fornecedoras sobretudo de produtos tropicais e metal nobre (a América é por excelência o teatro da ação colonizadora européia durante o primeiro sistema colonial) e, finalmente, a África fornecedora de força de trabalho escravizada que permite pôr em funcionamento a produção colonial do segundo setor”. [22]
Desse modo, estruturava-se o sistema colonial português e espanhol, durante o século XVI, quando esse “estava praticamente constituído e o que se segue não é mais que desenvolvimento e desdobramento do mesmo”. As potências ultramarinas portuguesa e espanhola entravam nas competições por mercado no Velho Mundo.[23]
A predominância espanhola continuaria até meados do século XVII, momento em que se formava a crise política e econômica das Monarquias Ibéricas, pois, “Comércio dos produtos orientais, produção colonial, tráfico negreiro, são de aí por diante objetos de a famosa competição por parte dos ingleses, franceses, holandeses, além dos precursores ibéricos”.[24]
Nesse contexto ultramarino, a condição feminina no ultramar variava conforme a estratificação social, sendo muito diferente os modos de vida das mulheres do Velho Mundo. Havia, na verdade, uma distância enorme entre o cotidiano de uma mulher portuguesa em Salvador colonial, uma escrava africana da Guiné na mesma cidade, ou entre uma mulher lusitana na cidade de Macau e uma chinesa concubina no entreposto comercial.
Apesar destas diferenças, houve neste período uma constante movimentação da população feminina, que atravessava os mares e se aventurava em lugares distantes como o Oriente, a África e o Novo Mundo. Em todas estas regiões Portugal e Espanha constituíram posses e transportaram modos de vida e de pensar, formando, assim, um império que mantinha a sua unidade graças à expansão da fé cristã, da economia mercantil e das transposições de homens e mulheres através dos oceanos, sendo que a saída da população feminina ibérica para os oceanos representava por volta de 30 por cento da circulação populacional feminina do Velho Mundo.
Em suma, as mulheres auxiliavam no processo de constituição do império ultramarino e do Antigo Sistema Colonial. E, ainda foram construídas imagens pelos escritores coloniais sobre as mulheres das populações locais, tais como chinesas, africanas e índias brasílicas. E graças a esses relatos é possível compreender o comércio têxtil e os discursos sobre os diferentes modos de vestir das várias regiões do globo, no século XVI.


[1] “Carta de Bartolomeu Marchionni, fins de julho de 1500”. In: AMADO, Janaína. & FIGUEIREDO, L.C. Brasil (1500). Quarenta Documentos. Brasília. UNB, 2001, p. 195.
[2] “Carta de D. Manuel aos reis católicos”, 29 de julho de 1501. in: AMADO, Janaína. & FIGUEIREDO, L.C. Brasil (1500). Quarenta Documentos. Brasília. UNB, 2001, p. 230.
[3] “Crônica de Daniele Bárbaro”. In: AMADO, Janaína. & FIGUEIREDO, L.C. Brasil (1500). Quarenta Documentos. Brasília. UNB, 2001, p. 260.
[4] Fok Cheong. Estudos sobre a instalação dos portugueses em Macau. Lisboa, Pt.: Gradiva, 1996, p.13.
[5] Sobre as relações entre portugueses e o Celestial Império ver: Jorge M Alves. dos Santos. Um tempo de ajustamento. Macau, O Estado da Índia e os Ming no primeiro quartel do Século XVII. In: ALVES, Jorge dos Santos. (coord.) Portugal e a China. Conferências do II Curso Livre de História das relações entre Portugal e a China. (Séculos XVI-XVII). Lisboa, Pt.: Fundação do Oriente, 1999, pp.105-120. Vítor Gaspar Rodrigues. “O quadro social da capitania da viagem da Cinha e do Japão”. In: ALVES, Jorge dos Santos. (coord.) Portugal e a China. Conferências do III Curso Livre de História das relações entre Prtugal e a China. (Séculos XVI-XVII). Lisboa, Pt.: Fundação do Oriente, 2000, 65-78. Rui Manuel Loureiro. Fidalgos, missionários e mandarins. Portugal e a China no século XVI. Lisboa, Pt: Fundação do Oriente, 2000. João Paulo Oliveira Costa. Macau e Nagasáki – Os Pólos da presença portuguesa no mar da China na segunda metade do século XVI. In: ALVES, Jorge dos Santos. (coord.) Portugal e a China. Conferências do III Curso Livre de História das relações entre Portugal e a China. (Séculos XVI-XVII). Lisboa, Pt.: Fundação do Oriente, 2000, 79-104. Fok Cheong Cheong. Op. Cit. Kirti Chaudhuni. O estabelecimento no Oriente. In: BITHENCOURT, Francisco. & CHAUDHUNI, Kurti. História da expansão portuguesa. Navarra, Espanha: Círculo de Leitores, 1998, vol. 1, pp. 163-191.
[6] De acordo com o autor, “the great profits reapered by the portuguese from this vouyage, were due to the political situation in East Ásia. Owing to the frigestful havor wrought by the Japonese Wako pirtates along the China coast, direct commerce between the two Empires had been categorically forbbiden by the Ming Emperor about 1480. It is true that smuggling trade on a greater or lesser scale never entirely ceared, any more than did the illegal Sino-Portuguese coastal trade in 1520-1550, but the Imperial Ban did the Chinese merchants ar the great disadvantage. In this away, the peculiar position had arisen that the Chinese could only trade officially with their Japonese neighbours through the médium of the Portuguese, who, in addition to being (prior to 1600) the only important source of supply for European and Indian goods for Japan, likewise enjoyed a virtual monopoly of the Chinese silk export market wich was far and away the most profitible part of the Sino-Japonese commerce this sounds strange today, when Japonese silks have a deservedly higher reputation than Chinese, but the case was far otherwise in the sixteenth century when the wealthy classes prefered the Chinese material, both raw and finished, in much the same way as good English cloth was valued in Spain and Portugal above the native product. The Portuguese could therefore buy in the cheapest market and sell in the dearest, and the gold and silver bullion they carried away from Japan in payment diposed of in Índia and China respectively, where the relative and fluctuating values of these two metals enable them to make further profits on the rates of exchange”. C. R. Boxer. Fidalgs in the far east, 1550-1770. Fact and fancy in the history of Macau. The Hague: Martinus Mjhoff, 1948, pp.5-6.
[7] Sanjay Subrahmanyan. O império asiático português, 1500-1700. Lisboa: Difel, 1995, pp.147-149.
[8] Fernand Braudel. Civilização Material, Economia e Capitalismo, vol. 2., p.535.
[9] C. R. Boxer. Fidalgs in the far east, 1550-1770. Fact and fancy in the history of Macau. The Hague: Martinus Mjhoff, 1948, p. 10.
[10] Idem, p. 12.
[11] Frei Gaspar da Cruz. O tratado em que se encontram muito por extenso as coisas da China. In: Fernão Mendes Pinto. Peregrinação. Porto: Mello & Ir.,1984, p.113.
[12]
--> --> Cesare Vecellio. Habitus Antichi et Moderni. The clothing of Renaissance world. London, U.K.: Tames & Hudson, 2008, p. 485.
[13] Idem, pp. 524-529.
[14] Charles Ralph Boxer. Mary and Misoginy. Women in Iberian Expansion Overseas (1415-1815). Some facts, fancies and personalities. London, UK: The Trinity Press, 1975.
[15] Timothy Joel Coates. Exiles and orphans: forced and state-sponsored colonizers in the Portuguese Empire, 1550-1720. Minnesota, U.S.A.: Thesis submitted to the Faculty of the graduated school of the University of Minnesota, 1993, p.209.
[16] Idem, p. 255 e 284-287.
[17] Idem, pp. 304 e 312-313.
[18] Sobre os agregados em um local da colonização, ver: Eni de Mesquita Samara. Lavoura canavieira, trabalho livre e cotidiano. São Paulo: EDUSP, 2005.
[19] Boxer. Op. Cit. (1975), pp.119-120.
[20] Frei Gaspar da Cruz. Op. Cit., pp.114-115.
[21] Fok Kai Cheong. Op. Cit., 106.
[22] Fernando A. Novais.  Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial. São Paulo: Hucitec, (1ª ed., 1979) 2001, p. 33.
[23] Idem, p. 34.
[24] Idem, p. 39.

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