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Os mercadores florentinos, genoveses e venezianos intensificavam a
comercialização da seda desde o século XII. No entanto, qual seria a razão de
se encontrar tão poucas referências desse negócio nas cartas sobre as frotas
mercantis lusitanas no Quinhentos como um todo? Possivelmente, as rotas da seda
fixavam-se no Oriente, onde os lusitanos deixavam os têxteis e acumulavam jóias
e especiarias para comercializar nos mercados do Velho Mundo.
Em 1501, Bartolomeu Marchioni, comerciante florentino, residente em
Portugal, em carta a um destinatário desconhecido, maravilhava-se com a
possibilidade de encontrar na Ilha da Taprobana, uma “grandíssima cidade, na
qual há lojas de seda com 100 teares e onde se trabalha constantemente”.
Dessa maneira, a seda era um tecido desejado pelos comerciantes, pois com essa
mercadoria conseguiriam adquirir lucros, dado o caráter raro e precioso do
tecido comercializado principalmente nas Índias Orientais.
Ainda nos relatos, estavam presentes os modos de vestir das outras
sociedades em contato com os portugueses. Em carta de D. Manuel aos reis
católicos, o rei português afirmava que na cidade de Cochim, os mercadores
mantinham 50 naus e que viviam como cristãos e sem nunca fazer as barbas ou os
cabelos.
No início do século XVI, o comércio português do Oriente crescia na
acumulação de capital mercantil, havendo perspectivas de investimento no Novo
Mundo. Na crônica de 1501 de Daniele Bárbaro, do centro da economia-mundo da
República Veneziana afirmava que “Apesar de tudo [perda do monopólio do
comércio oriental para os portugueses], os senadores se consolavam pelos ganhos
e processos que faziam das outras coisas. Julgavam que era coisa muito rara em
nossos tempos ter encontrado novas regiões e novos povos e quase um outro mundo
que havia nascido para nós”
Na primeira metade do Quinhentos, a expansão portuguesa no Celeste Império
da dinastia Ming (1368-1644), era marcada por uma série de conflitos. Invadindo
Malaca – uma província chinesa - em
1511, os aventureiros portugueses, chefiados por Afonso de Albuquerque,
descontentaram o domínio chinês. Essa região conquistada era província do
Império do Meio.
Nesse primeiro momento de contato, os portugueses estabeleceram algumas
relações esporádicas no campo diplomático. Ademais, os lusitanos eram acusados,
por algumas autoridades orientais, de atos violentos, tais como o rapto de mulheres,
crianças e o tráfico de escravos.
[4]
Após uma série de negociações, os
lusos se estabeleceram e fundaram com a autoridade da corte de Pequim a Cidade
do Santo Nome de Deus de Macau, em 1557.
[5]
Com esse território lusitano, ficava estabelecido o entreposto mercantil com o
Japão através da rota entre Nagasaki e Macau. Neste circuito, os comerciantes
lusitanos compravam seda e outros produtos do Celeste Império e trocavam pela
prata japonesa. Para Boxer, o mercado português no Extremo Oriente era centrado
nas cargas de tecidos desse têxtil para o Japão.
No decênio de 1560, o agitado comércio Macau-Japão fixava-se na cidade de
Nagasaki, com a presença dos membros da Companhia de Jesus. Dessa forma,
estabeleceram-se como intermediários comerciais e o cargo de capitão-mor desse
comércio era um dos mais “cobiçados’, chegando a ganhar 600 a 700 pardaus.
Apesar das dificuldades encontradas pelos dois impérios (da dinastia Ming e os
daimyo japoneses), esse extenso trato lustiano de seda e prata com o extremo Oriente
auferia ganhos mercantis aos portugueses.
Assim, conforme Fernand Braudel, “O
comércio de longa distância não é tudo, mas é a passagem obrigatória para um
plano superior de lucro”.
No Oriente, de acordo com Boxer, o comércio têxtil dos portugueses era
também realizado com as manufaturas algodoeiras indianas e com a costa Africana
Oriental. Os lusitanos controlaram o sistema mercantil do Oriente, obtendo
lucros com o negócio dos tecidos até por volta de 1639, comercializando as
sedas chinesas para as Filipinas, México e Peru, em troca da prata do Novo
Mundo. Mas a disputa comercial com os holandeses, ingleses e mesmo espanhóis,
bem como o fechamento do comércio com o Japão contribuíram para a crise dessa
mercancia.
Não eram apenas bens materiais que eram trocados, mas havia um corrente
tráfico de corpos femininos nos mares do Oriente. Para Boxer, nos galeões
participavam da tripulação mercadores lusitanos, capitães, homens de
artilharias holandesas, marujos vendedores, escravos africanos, mui-tsais
(cativas domésticas) coreanas, japonesas e chinesas. E, as cargas, como sedas,
ouro e prata, eram vendidas entre Macau, Nagasaki e Goa Dourada e os bens mais
preciosos eram os cavalos árabes, os tigres de Benguela e os pavões do Oriente.
Dentre os relatos encontrados, sobre a população chinesa feminina,
destaca-se a crônica do Frei Gaspar da Cruz, abade da Ordem de São Domingos,
nascido em Évora, provavelmente na primeira metade do Quinhentos. Parte para o
Oriente em 1548, como missionário, passando por Goa e Malaca (1550-1560).
Voltando à Lisboa, faleceu em Setúbal no ano de 1570. Conhecedor do Oriente
português, o religioso escrevia
O tratado
em que se encontram muito por extenso as coisas da China. Nesta obra, à
respeito das mulheres chinesas, descrevia seus modos de vida. A imagem da
mulher enclausurada, presas ao domínio dos maridos era recorrente. Como
costume, deveria ter pés pequenos e apertados com tiras, bem como deveriam ser
obedientes ao esposo. O frade descrevia o corpo das chinesas da camada lustrosa.
Relatava o frei que as mulheres locais “(...) Trazem os cabelos muito bem
pensados, recolhidos e atados no cume da cabeça e de baixo até acima apertados
como uma fita larga e muito bem assentada. E a fita ordenada de jóias e peças
de ouro em roda. Usam saias compridas ao modo das portuguesas, as quais têm a
cintura da mesma maneira que elas”.
[11]
Além das referências ao comércio, destaca-se a narrativa descritiva dos
modos de vestir, sempre destacando a distinção entre os gêneros. Nesse sentido,
as leituras das vestes femininas estavam relacionadas a determinados padrões da
visão renascentista, sendo que as mulheres chinesas eram representadas como
nobres ou matronas. Os desenhos das indumentárias retratados por Cesare
Vecellio eram floridos e possuíam adereços diferenciados do estilo veneziano,
ou mesmo português. Eram os detalhes que diferenciavam as vestes entre as
chinesas. A matrona chinesa possui as mãos livres e delicadamente segura uma
flor e esta com o seu olhar nela. A nobre estava com a mão esquerda escondida
na roupa, e sua atenção está voltada para baixo, em sinal de respeito e de
complacência.
As portuguesas eram vistas como mulheres reservadas, as quais se
distanciavam do espaço público, não podendo ter contato com os homens. Ficavam
fechados em seu gineceu para o mundo. Essa visão da mulher reclusa portuguesa
condiz com as imagens narrativas descritas pelos escritores na América Lusitana.
Desse modo, é possível perceber que essa está com o corpo ainda mais coberto do
que as chinesas, o que demonstra o seu recato e o vendamento do seu corpo para
os homens. A lusitana era uma mulher com
poucos adornos e ostentação, possuindo um chapéu, um leque e uma capa fechada,
que escondia até mesmo seu rosto. Essas indumentárias apresentavam-se com poucos
adereços decorativos. As mulheres portuguesas se fazem pouco atraentes e sem
diversidade nos modos de se vestir. Portanto, as portuguesas, na perspectiva de
Veccelio, tinham uma moda mais simples do que as próprias orientais.
O xilogravurista veneziano assumia a dificuldade de conseguir informações
sobre os estilos de vestir das regiões geograficamente longínquas da Ásia, da
África e do Novo Mundo e descrevia seu texto como de “entretenimento”.
Com relação à China, descreve-a como um dos principais reinos do mundo, sendo
que as suas mulheres nobres casadas, lá possuíam “vestimentas em vários
estilos”, destacando seus preciosos bordados – geralmente com rosas – , os pés
pequenos – significados de beleza feminina. Ficava encantado com as pérolas, os
perfumes e cosméticos das mulheres, estes últimos em excesso. Descrevia também
a importância da descrição dos costumes relacionados ao casamento, dote e
tratamento entre pais e filhos. Assim, os relatos dessas várias partes do mundo
eram constuídos por meio das trocas de informações orais.
No outro lado do hemisfério, a saída das mulheres portuguesas para as
regiões longínquas do Oriente foram numericamente muito poucas. No entanto,
parece que a presença feminina nas naus portuguesas não era de todo
inexpressiva. Mesmo impedidas pela legislação de atravessar os mares sem a
autorização régia, os mercadores e aventureiros dos mares acabavam sendo
acompanhados por mulheres, que no início do Quinhentos partiam em maior numero
em direção ao Pacífico do que à Terra de Santa Cruz. Essas imagens de riquezas
e fortunas eram atrativos importantes para a emigração feminina.
De todas as regiões asiáticas, Goa,
segundo Boxer, ocupava o primeiro local de escolha de entrada de portuguesas. A
presença feminina européia estava relacionada à União Ibérica (1580-1640), pois
fazia parte da política da coroa espanhola enviar mulheres para os domínios
coloniais, principalmente para acompanhar os maridos nos serviços
administrativos. Isso era mais raro acontecer antes do século XVIII na
Metrópole portuguesa.
Como exemplo de nobres portuguesas que acompanharam os esposos no governo das
Índias, o autor aponta D. Maria de Noronha, mulher de D. Fernando de
Mascarenhas e D. Maria Meneses, as quais eram da elite goense do Seiscentos.
[15]
Entre as mulheres portuguesas que enfrentavam a travessia para as Índias,
destacavam-se as órfãs e as degredadas, sendo estas últimas perseguidas pelas
tramas da Santa Inquisição.
Sobre este assunto há a obra de Joel
Coates Timoth, Exiles and orphans: forced
and state-sponsored colonizers in the Portugese Empire, 1550-1720. Neste
trabalho, o autor defende a idéia de que a Coroa, por um lado, forçava a
colonização por meio da expulsão de prostitutas, ciganos, órfãos, degredados e
criminosos da Metrópole, fazendo assim que a população indesejada fosse
retirada do reino. Por outro lado, financiava a formação de casas de caridade
como as Misericórdias para as mulheres reinóis, bem como a prática do dote,
para auxiliá-las no casamento. Entre
1588 e 1618, eram enviadas 18 órfãs para a casa. Outra instituição importante,
era o Recolhimento de Santa Maria Madalena, onde as “mulheres desgraçadas” e de
“vida suspeita” eram salvas.
[16]
Ainda uma terceira instituição de caridade, era o Convento de Santa Mônica, que
recolhia majoritariamente as filhas mestiças de Goa e de outras regiões da Ásia
lusitana como Macau.
Apesar das inconstâncias na economia
e política macauense, a população da cidade sempre cresceu vertiginosamente.
Todavia, parece haver mais, pois, segundo os dados de Joan Coat, existiam 730
mulheres, entre européias e mestiças, sendo que 263 eram viúvas e 306
solteiras. Em inícios do século XIX, 2149 mulheres brancas moravam na região,
em um total de 4628 habitantes. Também nesta cidade havia o Convento Santa
Clara, acusado de aliciar casamentos aos “soldados“ portuguêses. Em 1687, era
proibido entrar mais mulheres.
[17]
A partir destes dados, percebe-se
que a presença das senhoras do reino foi mais constante do que as narrativas
historiográficas apontam. Porém, é necessário destacar o papel das mui-tsai,
moças chinesas indesejadas pelos pais e vendidas aos portugueses e
euro-asiáticos, por um período de trabalho ou por toda a vida. Habitualmente,
estas agregadas eram adotadas pelas viúvas ou viúvos, vivendo no mesmo
domicílio.
[18]
Foi Boxer que apontou para a atuação
destas moças. No testamento de 1614, do senhor Chistovão Soares, percebe-se uma
série de doações às afilhadas. Dentre estas, destaca-se a de um dinheiro, ainda
não conseguido da venda de seda para o Japão, à órfã Violante, que vivia em
casa de Jorge Serqueira. Neste mesmo documento, a moça Madalena é encarregada
de servir Maria Soares, senhora da elite macaense, por seis anos.
[19]
Outra estratificação social definida
por Frei Gaspar, eram as “mulheres de partido”, as quais viviam fora dos muros
das cidades, aprendendo a “tanger viola e outros instrumentos a cantar”.
Segundo o clérigo, (...) Os senhores, ou lhes levam as honras ou lhas vendem; e
quando hão-de ser postas nas ruas das mulheres de partido, são escritas por um
oficial de el-rei em um livro e o senhor é obrigado a acudir cada ano com um
tanto a este oficial; elas são obrigadas a responder a seu senhor cada mês um
tanto. Quando são velhas, a poder de arrebique e alvaiade, as fazem parecer
moças. E depois que já não são para aquele ofício, ficam livres de todo e sem
nenhuma obrigação, nem ao senhor nem a ninguém e não comem então do que
juntaram.
[20]
A população feminina macaense era de maioria mestiça, pois a saída das
mulheres portuguesas era rara, devido às intempéries das trajetórias marítimas
e das condições existentes de Macau. Nos primeiros tempos de permanência
lusitana, as piratarias e os conflitos armados eram constantes. Em 1622,
tiveram que expulsar à bala a investida anglo-holandesa. Depois, em meados do
século XVII, a cidade via-se às voltas com os confrontos internos do Celeste
Império, com a mudança das dinastias Ming para Ching, que só se efetivava definitivamente
em 1655.
[21]
A cidade foi sempre um importante
porto marítimo para a Metrópole portuguesa, devido às rotas de comércio com
Cantão, Malaca, o Japão (até 1639 quando os portugueses são expulsos) e todo o
mar do sul da China. Para os chineses, Macau estabelecia um papel relevante,
pois impedia o avanço da pirataria chinesa e japonesa e, ao mesmo tempo, era
uma fonte de riqueza e lucro. Por fim, os mandarins e a corte celestial viam a
cidade como um território controlado, impedindo, assim, que estrangeiros
interviessem agressivamente no Império Celestial.
Nessa perspectiva, os senhores da
elite macauense viviam a negociar com a governança da terra, bem como com os
negócios de grosso trato. As suas mulheres, possivelmente, tinham que administrar
a casa e comandar os trabalhos domésticos, pois os senhores viviam regularmente
em movimento nas tramas mercantis do Império Metropolitano Ultramarino
português, o qual tinha possessões do Oriente à América portuguesa no
Atlântico.
Desse modo, os escritores do império
ultramarino português construíram imagens sobre as mulheres no Oriente,
salientando diferenças e aproximações. Por um lado, as chinesas seriam ainda
mais recatadas que as lusitanas, bem como teriam um requinte especial nas
maneiras de se comportar. Por outro, faziam parte do séquito dos comerciantes e
dos administradores locais como concubinas, prática essa que também foi muito
comum entre as índias brasílicas.
As mulheres da elite e as indígenas brasílicas, portanto, tiveram as suas
imagens descritas pelos cronistas coloniais no decorrer do Quinhentos.
Diferentemente, de outras regiões do império ultramarino português, como Macau,
na América portuguesa, as relações de gênero estavam profundamente relacionadas
com as contingências da exploração da força de trabalho escrava indígena e a
imagem dos gentios.
No extremo Oriente, não obstante, a presença cultural e das populações
chinesas, fizeram de Macau uma feitoria mercantil e um ponto político
estratégico para a coroa Portuguesa, sendo a população chinesa a sua grande
maioria. Nesta região, não havia um Novo Mundo para ser produzido à imagem e
semelhança do Velho.
Embora houvesse o costume de comercialização de mulheres, era no grosso
trato das mulheres e crianças africanas da Guiné e de Angola, que os
negociantes e a Metrópole realizavam a acumulação de capital mercantil,
vendendo estes cativos para os senhores de Engenho da Bahia, Pernambuco e mesmo
em regiões mais distantes como São Paulo Colonial. Segundo Novais, “no
conjunto, a exploração no ultramar organizada nos quadros do Antigo Sistema
Colonial, permite distinguir nitidamente três elementos básicos: área
densamente povoada quando do início da expansão marítima européia, portadora de
civilizações tradicionais, onde a dominação política permitia o comércio
vantajoso de alguns produtos de alto valor unitário no mercado europeu como as
famosas especiarias do mundo indiano; zonas de povoamento e colonização
européia, onde se estruturaram economias complementares ao capitalismo
mercantil europeu, fornecedoras sobretudo de produtos tropicais e metal nobre
(a América é por excelência o teatro da ação colonizadora européia durante o
primeiro sistema colonial) e, finalmente, a África fornecedora de força de
trabalho escravizada que permite pôr em funcionamento a produção colonial do
segundo setor”.
Desse modo, estruturava-se o sistema colonial português e espanhol,
durante o século XVI, quando esse “estava praticamente constituído e o que se
segue não é mais que desenvolvimento e desdobramento do mesmo”. As potências
ultramarinas portuguesa e espanhola entravam nas competições por mercado no
Velho Mundo.
A predominância espanhola continuaria até meados do século XVII, momento
em que se formava a crise política e econômica das Monarquias Ibéricas, pois,
“Comércio dos produtos orientais, produção colonial, tráfico negreiro, são de
aí por diante objetos de a famosa competição por parte dos ingleses, franceses,
holandeses, além dos precursores ibéricos”.
Nesse contexto ultramarino, a condição feminina no ultramar variava
conforme a estratificação social, sendo muito diferente os modos de vida das
mulheres do Velho Mundo. Havia, na verdade, uma distância enorme entre o
cotidiano de uma mulher portuguesa em Salvador colonial, uma escrava africana
da Guiné na mesma cidade, ou entre uma mulher lusitana na cidade de Macau e uma
chinesa concubina no entreposto comercial.
Apesar destas diferenças, houve neste período uma constante movimentação
da população feminina, que atravessava os mares e se aventurava em lugares
distantes como o Oriente, a África e o Novo Mundo. Em todas estas regiões
Portugal e Espanha constituíram posses e transportaram modos de vida e de
pensar, formando, assim, um império que mantinha a sua unidade graças à
expansão da fé cristã, da economia mercantil e das transposições de homens e
mulheres através dos oceanos, sendo que a saída da população feminina ibérica
para os oceanos representava por volta de 30 por cento da circulação
populacional feminina do Velho Mundo.
Em suma, as mulheres auxiliavam no processo de constituição do império
ultramarino e do Antigo Sistema Colonial. E, ainda foram construídas imagens
pelos escritores coloniais sobre as mulheres das populações locais, tais como
chinesas, africanas e índias brasílicas. E graças a esses relatos é possível
compreender o comércio têxtil e os discursos sobre os diferentes modos de
vestir das várias regiões do globo, no século XVI.
[5] Sobre as relações entre
portugueses e o Celestial Império ver: Jorge M Alves. dos Santos. Um tempo de
ajustamento. Macau, O Estado da Índia e os Ming no primeiro quartel do Século
XVII. In: ALVES, Jorge dos Santos. (coord.) Portugal
e a China. Conferências do II Curso Livre de História das relações entre
Portugal e a China. (Séculos XVI-XVII). Lisboa, Pt.: Fundação do Oriente,
1999, pp.105-120. Vítor Gaspar Rodrigues. “O quadro social da capitania da
viagem da Cinha e do Japão”. In: ALVES, Jorge dos Santos. (coord.) Portugal e a China. Conferências do III
Curso Livre de História das relações entre Prtugal e a China. (Séculos
XVI-XVII). Lisboa, Pt.: Fundação do Oriente, 2000, 65-78. Rui Manuel
Loureiro. Fidalgos, missionários e
mandarins. Portugal e a China no século XVI. Lisboa, Pt: Fundação do
Oriente, 2000. João Paulo Oliveira Costa. Macau e Nagasáki – Os Pólos da
presença portuguesa no mar da China na segunda metade do século XVI. In: ALVES, Jorge dos Santos. (coord.)
Portugal e a China. Conferências do III
Curso Livre de História das relações entre Portugal e a China. (Séculos
XVI-XVII). Lisboa, Pt.: Fundação do Oriente, 2000, 79-104. Fok Cheong
Cheong. Op. Cit. Kirti Chaudhuni. O estabelecimento no Oriente. In:
BITHENCOURT, Francisco. & CHAUDHUNI, Kurti. História da expansão portuguesa. Navarra,
Espanha: Círculo de Leitores, 1998, vol. 1, pp. 163-191.
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Cesare Vecellio. Habitus Antichi et Moderni. The
clothing of Renaissance world. London, U.K.: Tames & Hudson, 2008, p. 485.
[15] Timothy Joel Coates. Exiles and
orphans: forced and state-sponsored colonizers in the Portuguese Empire, 1550-1720.
Minnesota, U.S.A.: Thesis submitted to the Faculty of the graduated school of
the University of Minnesota, 1993, p.209.
[17] Idem, pp. 304 e 312-313.