quarta-feira, 15 de novembro de 2017

O conceito de História Universal (1831) de Ranke (1795-1886): Notas

          Em O conceito de História Universal (1831) Leopold von Ranke (1795-1886) afirma suas bases para o conhecimento histórico, salientando  o seu “amor à verdade” e à “investigação documental”. Para o mito do pai da História, 
        “A História se diferencia das demais ciências porque ela é, simultaneamente, uma arte. Ela é ciência, na medida em que recolhe, descobre, analisa em profundidade; ela é arte na medida em que representa e torna a dar forma ao que é descoberta, ao que é aprendido”. (RANKE, p. 202. Aud. MARTIS, 2010)
        Ainda de acordo com Ranke, neste “paradigma documental”, quanto mais investigada com análise de fontes e pesquisa, mais “livremente nossa arte se movimenta”. (Idem, p.209)
        A particularidade da História destaca-se na compreensão do objeto e na busca da sua verdade. Também conforme Ranke,
“(...) Caso a arte histórica for capaz de infundir-lhe vida; e de reproduzir com aquela parcela de força poética que não inventa algo novo, mas apenas reproduz o que é captado e compreendido em suas feições verdadeiras, então, como dizíamos no início, ela seria capaz de unificar ciência e arte, de juntar ambas em seu próprio elemento”. (Idem, p. 213)
MARTINS, Estevão de Resende. História Pensada. Teoria e Método da Historiografia Europeia do século XIX. São Paulo. Contexto, 2010.