sexta-feira, 11 de maio de 2012

Resumo: "Habitus" no Sertão: gênero, economia e cultura indumentária na vila de São Paulo (1554-c.1650).



RESUMO

O objetivo dessa tese é tratar das transformações das relações de gênero, da economia e cultura indumentária na vila de São Paulo Colonial durante os anos de 1554 até 1650. Por intermédio das análises dos artefatos indumentários encontrados nos discursos jesuíticos e dos relatos coloniais, atas camarárias, testamentos e inventários post-mortem foram costuradas por meio da perspectiva de gênero. Procurou-se, portanto, realizar uma aproximação dos conceitos de gênero, indumentária, moda e habitus.
Em uma sociedade em movimento masculino e na permanência feminina, as mulheres senhoriais além de cuidarem das indumentárias, estabeleciam as bases de uma sociedade e economia escravista, administrando a casa e os negócios. Nessa economia doméstica, constituíram uma civilização do algodão, formada, na primeira metade do século XVII, por meio do trabalho das senhoras e cativas. Por volta da segunda metade do Seiscentos, a cultura algodoeira e o trabalho de fiação e tecelagem gananhavam novos contornos com o avanço do comércio entre a costa e o sertão.
Além disso, nas relações de poderes específicos – governança da terra – e de distinção, dadas as diferenças e hierarquias de gênero e escravidão, com consumo luxuoso das jóias e vestes, nessa zona de fronteira e de contato entre populações indígenas e coloniais.
                                                                                                                              
Palavras Chaves: Gênero; Indumentária; Têxtil; Economia Algodoeira; São Paulo Colonial.

        

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