RESUMO
O objetivo dessa tese é tratar das transformações das relações de gênero,
da economia e cultura indumentária na vila de São Paulo Colonial durante os
anos de 1554 até 1650. Por intermédio das análises dos artefatos indumentários
encontrados nos discursos jesuíticos e dos relatos coloniais, atas camarárias,
testamentos e inventários post-mortem
foram costuradas por meio da perspectiva de gênero. Procurou-se, portanto,
realizar uma aproximação dos conceitos de gênero, indumentária, moda e habitus.
Em uma sociedade em movimento masculino e na permanência feminina, as
mulheres senhoriais além de cuidarem das indumentárias, estabeleciam as bases
de uma sociedade e economia escravista, administrando a casa e os negócios.
Nessa economia doméstica, constituíram uma civilização do algodão, formada, na
primeira metade do século XVII, por meio do trabalho das senhoras e cativas.
Por volta da segunda metade do Seiscentos, a cultura algodoeira e o trabalho de
fiação e tecelagem gananhavam novos contornos com o avanço do comércio entre a
costa e o sertão.
Além disso, nas relações de poderes específicos – governança da terra – e
de distinção, dadas as diferenças e hierarquias de gênero e escravidão, com
consumo luxuoso das jóias e vestes, nessa zona de fronteira e de contato entre
populações indígenas e coloniais.
Palavras Chaves:
Gênero; Indumentária; Têxtil; Economia Algodoeira; São Paulo Colonial.
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